Em 15/01/1969, Naby Zacarias disputou as eleições para a Federação Paranaense de Futebol – FPF, como 1º vice-presidente na chapa do candidato a presidente Rafael Iatauro. Perdeu o pleito para a chapa de José Milani, que tinha como vice-presidente o empresário Ardinal Ribas, de Maringá.
Em 27/11/1970, Naby foi candidato a deputado estadual pelo partido Aliança Renovadora Nacional – Arena, cujo diretório municipal de Maringá ajudou a fundar, em 1965. Durante sua campanha, usou um inesquecível jingle, fácil de memorizar: “o meu candidato eu já escolhi/ é o Naby/ é o Naby/ ele é bom e é daqui”. Obteve 6.856 votos, mas não conseguiu eleger-se.
Em 19/01/1971, Naby foi candidato a presidente, em oposição a José Milani, nas eleições da Federação Paranaense de Futebol. Perdeu por 26 x 24 votos.
Em março de 1971, seu nome estava sendo cotado pelo governador Haroldo Leon Peres para assumir a Secretaria Estadual de Saúde do Paraná, o que acabou não acontecendo.
Em 16/01/1973, quando era o vice-presidente do diretório municipal da Arena, em Maringá, foi nomeado secretário da recém-criada Secretaria Municipal da Cultura, Esporte e Turismo de Maringá, durante a gestão do prefeito Silvio Magalhães Barros (01/02/1973 a 31/01/1977), eleito pelo partido Movimento Democrático Brasileiro – MDB.
Com o fim do partido Aliança Renovadora Nacional – Arena, em dezembro de 1979, no início de 1980 Naby Zacarias começou a articular a criação do Partido Trabalhista Brasileiro – PTB, em Maringá. Porém, devido a problemas na efetivação do partido a nível nacional, Naby optou por ingressar no Partido Popular – PP, liderado no Paraná pelo ex-governador Jaime Canet Júnior.
Em 01/04/1980, Naby Zacarias era o coordenador de reabilitação profissional, na agência de Maringá do Instituto Nacional de Previdência Social – INPS, e médico dos servidores do Instituto Brasileiro do Café – IBC, em Maringá.
Naby Zacarias era presidente da “Boca Maldita” de Maringá, grupo de intelectuais, escritores, jornalistas, radialistas e políticos que se reuniam em frente a um bar da Avenida Getúlio Vargas, entre as ruas Santos Dumont e Deputado Néo Alves Martins. Era considerado controverso, profundo crítico da sociedade e mordaz analista político. Nas rodas que frequentava, geralmente era o ponto central das atenções.
No dia 09/01/1982, levantou-se pela manhã, tomou alguns medicamentos e voltou para a cama, enquanto sua esposa preparava o café. Em seguida, ele deve ter perdido os sentidos e o cigarro que acendera minutos antes caiu no colchão, que começou a queimar-se vagarosamente, expelindo fumaça tóxica, inalada por Naby.
Os bombeiros conseguiram retirar o médico ainda com vida e levá-lo ao Hospital e Maternidade Santa Rita, aonde veio a falecer às 6h da manhã, aos 60 anos de idade. O atestado de óbito foi assinado pelo médico Hélenton Borba Côrtes.
Após passar por necropsia no Instituto Médico Legal, o corpo foi transladado para Curitiba, onde foi sepultado no dia seguinte.
Naby, a esposa e o filho residiam na Rua Vaz Caminha, nº 555, na Zona 2, em Maringá.
Não houve velório, pois seus familiares levaram o corpo para Curitiba, onde foi sepultado. Por sugestão do radialista Ferrari Júnior, a Funerária Cidade Canção colocou uma bandeirão de luto na Boca Maldita, com livro de presenças e a inscrição “Saudades de Naby”.
Além de médico humanitário, era um homem de bem, culto e excelente político de bastidores.
A Associação dos Servidores do Instituto Brasileiro do Café – IBC encomendou a Missa de 7º Dia, celebrada na Catedral Nossa Senhora da Glória, às 18:30.
Sua esposa, Inez Sandri Zacarias, faleceu em Curitiba, em 07/10/1986, e foi sepultada no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, em São José dos Pinhais (PR). Estava com 53 anos de idade.