Maria Bueno, popularmente conhecida como Santa de Curitiba, foi encontrada morta em 19 de janeiro de 1893, na antiga rua Campos Gerais, onde hoje se encontra a rua Vicente Machado.

Com poucas informações sobre sua vida, sabemos que tinha cerca de 30 anos quando foi morta, era parda, tinha filiação desconhecida e foi enterrada em cova rasa a pedido da polícia. Além disso, o motivo de sua morte foi hemorragia, causada por um ferimento no pescoço. 

Seja por curiosidade ou outros motivos, muitas pessoas começaram a peregrinar até o local de sua morte. E não demorou para surgirem histórias de que ali as velas não se apagavam, que as chamas eram diferentes e até mesmo rosas teriam brotado a partir de sua poça de sangue. 

Em volta desse mistério, iniciou-se a sua devoção, primeiramente por pessoas que, assim como ela, viviam às margens da sociedade, mas, após um tempo, também por indivíduos de diferentes classes sociais. Seu túmulo, que nesse momento ainda ficava nos fundos do Cemitério São Francisco de Paula, começou a ser muito frequentado e decorado com flores, velas e presentes pelos milagres realizados. 

Com cada vez mais devotos entre a população curitibana, foi criada, ainda em meados do século XX, a Irmandade de Maria Bueno, grupo que, em 1960, construiu um novo túmulo para a milagreira, que, nesse período, teve seus restos mortais transladados para o início do Cemitério São Francisco de Paula. 

Para mais informações, é possível assistir o vídeo sobre sua história no canal do Youtube do Paraná Histórica. 

Fontes: Acervo Curitiba Histórica / Acervo Paraná Histórica / “Os Santos da Igreja e os Santos do Povo: devoções e manifestações de religiosidade popular”, de Vera Irene Jurkevics / PodParaná #61 - Entrevista com Clarissa Grassi / Turistória 

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Explosão em Curitiba - 1976