Em 13 de setembro de 2014 a Folha de Londrina destacou, por meio de uma matéria assinada pela repórter Viviane Costa, os esforços que estavam sendo feitos para resolver um vazio simbólico. Na praça entre as ruas Quintino Bocaiúva, Santos e Mossoró, restava apenas o pedestal solitário onde por décadas se apoiou o busto em bronze do médico pioneiro Jonas de Faria Castro. O sumiço da escultura – sem pistas claras sobre seu destino – despertou o sentimento de pertencimento e memória em antigos alunos do Ginásio Londrinense, que se uniram ao Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (Inesco) e ao Museu Histórico de Londrina para iniciar uma campanha de revitalização do espaço.

A ausência do busto transformou a praça em uma metáfora das lacunas que o tempo cria sobre figuras que ajudaram a erguer Londrina. Faria Castro, pernambucano, chegou ao município na década de 1930 e fundou o Hospitalzinho do Dr. Jonas – um dos primeiros hospitais particulares da cidade – e também foi protagonista na criação do Ginásio Londrinense, marco na educação local. Para muitos, ele simboliza a força de quem chegou a um território em formação e ousou fincar raízes em meio a desafios.

O projeto de revitalização da praça previa captação de recursos que seriam destinados à nova escultura e, além do busto, planejava-se instalar placas de identificação das árvores – inclusive um raro pau-brasil –, ressignificando o espaço como local de lazer, história e educação ambiental.

Fontes: Acervo Folha de Londrina / Foto: José RoberStones Pieretti / Instituto de Estudos em Saúde Coletiva / Acervo Londrina Histórica.

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