Londrina

Vacinar para proteger os animais e a população

1950



Na década de 1950, Londrina já se destacava como terra fértil para o café e para o progresso, mas também enfrentava desafios invisíveis, como a ameaça silenciosa da raiva animal. A fotografia, feita pelo olhar atento de Oswaldo Leite, revela tanto a campanha de vacinação quanto um momento de mobilização coletiva que ecoa até hoje como símbolo de saúde pública e solidariedade.

À sombra de postes de madeira, famílias inteiras alinhavam seus cães, segurando-os com coleiras improvisadas. A expressão das crianças misturava curiosidade e apreensão. O rapaz sentado ao lado da mesa de madeira, concentrado no preenchimento das fichas, simbolizava a organização daquele esforço que, na época, envolvia veterinários, agentes sanitários e voluntários.

A raiva, doença que podia se propagar de animais a humanos, era encarada com enorme temor. O ritual de vacinar os cães era quase um ato público de compromisso com o bem-estar coletivo. Enquanto alguns meninos seguravam firme seus animais, outros observavam o registro da vacinação, uma pequena ficha que passaria a fazer parte do histórico da cidade.

No fundo da imagem, podem-se ver os telhados alinhados de Londrina, contrastando com a rusticidade das ruas de terra. Uma paisagem que lembrava o quanto a cidade era jovem e, ao mesmo tempo, corajosa para enfrentar seus próprios desafios sanitários.

Fontes: Londrina Documenta. “Curar, cuidar, lembrar – memória da saúde londrinense. Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss, 2012 / Foto: Acervo Oswaldo Leite / Acervo Londrina Histórica.

Outras publicações:
Inscreva-se

* respeitamos nossos inscritos, não enviamos spam.

Inscreva-se

* respeitamos nossos inscritos, não enviamos spam.

Cookies: nós captamos dados por meio de formulários para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.