Na efervescente Londrina dos anos 1980, um fenômeno curioso chamava atenção: grandes empresas decidindo construir suas próprias sedes com quatro ou mais pavimentos, entrando temporariamente no ramo da construção civil. Entre os 150 agentes que construíram apenas um edifício no período estudado, destacavam-se nomes como Banco do Brasil, Colégio Positivo, Confecções Guararapes (Riachuelo) e Embratel.

O Banco do Brasil, instituição centenária, optou por erguer sua própria sede em Londrina, demonstrando a confiança na cidade como centro financeiro regional. O Colégio Positivo, pioneiro no ensino particular de qualidade, construiu um edifício que simbolizava a modernização da educação londrinense. Já a Embratel materializava em concreto a revolução das telecomunicações que chegava ao interior do Paraná.

Essas construções eram declarações de permanência e investimento no futuro de Londrina. Quando uma empresa decidia construir sua sede própria, estava apostando no crescimento da cidade e na consolidação de sua presença no mercado regional.

A Copel, responsável pelo fornecimento de energia elétrica, também ergueu sua sede própria, simbolizando a eletrificação que acompanhava o crescimento urbano. Cada edifício contava uma história de progresso e modernização.

Fontes: Dissertação de Viviane Rodrigues de Lima Passos. A verticalização de Londrina: 1970/2000 – a ação dos promotores imobiliários (UEL, 2007) / Prefeitura do Município de Londrina / Acervo Londrina Histórica.

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