1925
Gastão de Mesquita Filho, Cássio Vidigal e Hermann Moraes Barros. Figuras de grande relevância que passaram a administrar a Companhia após a transição dos britânicos para os empresários brasileiros.
Criada em 24 de setembro de 1925 por investidores britânicos, a então Companhia de Terras Norte do Paraná deu início a um dos maiores projetos agroimobiliários do mundo. A empresa foi responsável pela demarcação e loteamento de uma área de mais de 500 mil alqueires paulistas — cerca de 6% do território paranaense — impulsionando o surgimento de mais de 60 municípios, entre eles Londrina, Maringá, Cianorte e Umuarama
À frente da empreitada estavam figuras como Simon Joseph Fraser, o lorde Lovat, aristocrata escocês que articulou investidores e chegou a trazer a comitiva real britânica ao Paraná em 1931, e Arthur Thomas, também escocês, que estruturou a organização da empresa. Esse primeiro período, conhecido como a fase inglesa (1925-1944), foi marcado pela criação das primeiras cidades planejadas da região, como Londrina.
Em 1944, o grupo passou para o controle de empresários brasileiros, entre eles Antonio Moraes Barros, neto do ex-presidente Prudente de Moraes, e Gastão de Mesquita Filho, engenheiro ferroviário que havia apresentado as potencializadas da região anos antes para lorde Lovat. A nacionalização marcou um novo momento de expansão, culminando, em 1951, na mudança do nome para Companhia Melhoramentos Norte do Paraná (CMNP), refletindo a diversificação dos negócios.
Nas décadas seguintes, a companhia consolidou sua atuação não apenas na fundação de cidades, mas também na infraestrutura agrícola e no setor sucroenergético, onde permanece até hoje. Atualmente, a CMNP administra três unidades industriais e mais de duas dezenas de fazendas, emprega cerca de cinco mil colaboradores e é referência em práticas de sustentabilidade, com certificações como a do programa Renovabio.
Lord Lovat, à esquerda, com o príncipe de Gales no Norte do Paraná. Utilizando de sua influência, Simon Joseph Fraser viabilizou a visita da comitiva real inglesa na região colonizada pela Companhia de Terras em março de 1931. O representante da coroa se tornaria rei da Inglaterra, embora, mais tarde, abdicaria do trono.
Ao completar 100 anos, a CMNP não apenas celebra sua longevidade empresarial, mas também relembra seu papel decisivo na formação urbana, econômica e social do Paraná. A trajetória da Companhia, que uniu aristocratas britânicos, empreendedores brasileiros e milhares de famílias migrantes, faz parte da memória viva do desenvolvimento do Estado.
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