Londrina

Tigrão: onde Londrina sambava

1980



O samba acompanha Londrina em todas as fases de sua história. Houve um tempo em que o Tigrão era o grande templo desse ritmo na cidade. Ali, o compasso acelerado das ruas e o peso do concreto urbano davam lugar à cadência da alegria. Quem conduzia essa batida era o próprio Tigrão (Olício da Silva), homem e símbolo, que emprestava o nome ao espaço onde Londrina se permitia ser igual.

Mais do que uma casa de shows, o Tigrão pulsava uma alegria democrática, um território livre onde patrões e funcionários se encontravam sem barreiras, compartilhando a mesa, o chope e o refrão. A energia era coletiva e a música, sempre ao vivo, tornava-se o idioma da noite. Era nesse chão apertado que surgiam paixões fulminantes e, dizem, até alguns casamentos desfeitos. O espaço, quase sempre cheio, era um lugar onde se dançava até esquecer a dureza da semana.

O Tigrão mudou de endereço, como mudam os sonhos. Funcionou até meados de 2010, quando se despediu sem alarde, mas deixando um legado. O músico Tigrão foi reconhecido pelo município com o título de Cidadão Honorário em 2012, mas a solenidade só aconteceu em fevereiro de 2024, quando o prefeito e o presidente da Câmara Municipal foram até sua casa para entregar o diploma. Conhecido como “o rei da noite londrinense”, Tigrão recebeu a homenagem pelos mais de 50 anos dedicados aos palcos da cidade, marcando gerações com sua música e sua presença vibrante.

Fontes: O Londrinense / Prefeitura do Município de Londrina / Câmara de Vereadores de Londrina / Acervo Londrina Histórica.

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