Na plataforma da Estação Ferroviária de Londrina, em 5 de setembro de 1959, um grupo de jovens se reuniu diante do vagão de madeira com janelas escancaradas. A foto, marcada por olhares firmes, cabelos penteados e poses que misturam nervosismo e empolgação, é um fragmento de uma cidade que crescia a passos largos e que, aos 25 anos, via sua juventude partir em nome do esporte, da arte e do orgulho cívico.

Os rapazes em pé e agachados, acompanhados de olhares atentos de meninas que espiam pelas janelas do trem, eram alunos, músicos e acompanhantes dos colégios Vicente Rijo e Marista. Estavam prestes a representar Londrina na abertura dos Jogos Abertos do Paraná, em Curitiba. O evento, naquele tempo, era competição e vitrine para o interior emergente. E Londrina, em seu “Jubileu de Prata”, queria mostrar ao Estado o vigor de sua juventude e o talento de suas bandas escolares.

O texto do blog destaca também que na fotografia aparecem Gabriela Rocha e Antonio Piacentine, duas pessoas presentes nos colégios e na memória afetiva de gerações. Seus nomes surgem como lembrança do papel essencial da escola no processo de formação de uma cidade, especialmente em tempos em que o trem ainda era o elo físico e simbólico entre o interior e a capital.

A imagem, extraída do blog Londrina Foto Memória, demonstra que as estações eram palcos de emoção coletiva. O embarque era rito de passagem, era orgulho local em movimento. E ali, no som da locomotiva e no sopro das flautas e trompetes dos alunos, partia uma delegação e a esperança de uma cidade em construção.

Fontes: Blog Londrina Foto Memória / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss /Acervo Adalgisa Beraldo / Acervo Londrina Histórica.

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