Na imagem de 1972, o centro de Londrina exibe com nitidez a face verticalizada que tomou forma nas décadas anteriores. A fotografia registra um agrupamento de edifícios emblemáticos, construções que ajudaram a redefinir o perfil urbano da cidade ainda jovem. No primeiro plano, os telhados das edificações térreas ou assobradadas aparecem como uma espécie de memória, diante da imponência do concreto armado que subiu nos anos 1950.

À direita, destaca-se o edifício Bosque. Erguido entre 1953 e 1955, o prédio modernista da construtora Veronesi Ltda. ainda exibe a elegância discreta de seus pilares pastilhados e da fachada de vidro, marcas da arquitetura funcional influenciada por nomes como Vilanova Artigas e Carlos Cascali. Sua implantação ao lado do Bosque Municipal e sua função mista de residências e comércio no térreo fizeram dele um símbolo de uma Londrina que começava a experimentar o ritmo das metrópoles.

No centro da imagem, as três torres do Centro Comercial se impõem como monumentos à modernidade. O conjunto, também da construtora Veronesi, foi um dos primeiros complexos multifuncionais da cidade, com lojas, lavanderia, salão de beleza e apartamentos voltados à elite londrinense. Cada torre, com sua cor distinta, organizava o espaço urbano segundo uma lógica moderna, onde morar e consumir podiam conviver no mesmo endereço.

À esquerda, parcialmente visível, o edifício Comendador Júlio Fuganti carrega em seus andares a marca da audácia empresarial da família Fuganti. Inaugurado em 1962, ele foi o endereço de alguns dos principais escritórios da cidade. Sua localização estratégica e o desenho arrojado faziam dele um ponto de observação privilegiado da paisagem urbana e também de afirmação de um centro em expansão.

Fontes: Acervo Folha de Londrina / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Blog Londrina Histórica / Acervo Londrina Histórica.

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