Maringá

Carreador da Fazenda Diamante - Anos 1950

1950

Maringá se destacou, entre outros aspectos, pelo seu arrojado projeto inspirado no conceito de "cidade-jardim". A partir desse traçado, pequenos lotes foram vendidos ao longo do eixo urbano para que fossem instalados estabelecimentos de pequeno e médio porte, além de residências. Mas para além desse perímetro, a cidade também abrigou uma zona rural pujante, ainda que sua história seja desconhecida pela maioria. Desde sítios até grandes fazendas funcionaram em regiões que hoje abrigam diversos bairros, como é o caso da Fazenda Diamante, que ficava na zona Norte, e que foi implantada e administrada por Silvino Dias. 

Filho de Francisco e Tereza Sagrada, Silvino Fernandes Dias nasceu na cidade de Guaratinguetá, interior de São Paulo, em 17 de fevereiro de 1911. Cresceu em Quatá, onde conheceu e se casou com Helena Fregadolli. Tiveram dez filhos: Orlando, Silvio, Adhemar, José, Hélio, Paulo, Bento, Terezinha, Osmar e Álvaro - os dois últimos se tornariam políticos influentes décadas depois.

Em novembro de 1954, a família Dias se mudou para Maringá a fim de administrar a Fazenda Diamante. Com 100 alqueires paulistas, a propriedade foi assim batizada por Silvino acreditar que aquela seria uma preciosidade que daria muitos frutos. Somando trinta casas na colônia, no auge da cafeicultura, 70 pessoas chegaram a trabalhar simultaneamente no empreendimento. 


A primeira imagem, da época, mostra um dos carreadores de café, por onde veículos e colonos circulavam entre as áreas da Fazenda Diamante.

Dada a grande movimentação de atividades econômicas, a família Dias instalou uma olaria no interior da propriedade para atender as construções de seus barrões e outras estruturas.  Além disso, um time de futebol, o Diamante Futebol Clube, ainda movimentava os fins de semana com partidas disputadas com fazendas vizinhas.  

A família Dias morou na primeira sede da fazenda até 1977. Depois, uma segunda residência foi construída na atual avenida Alexandre Rasgulaeff, onde hoje está um edifício residencial. Nesse local, o casal Helena e Silvino Dias permaneceria até o fim de suas vidas. 


Em 17 de fevereiro de 2002, a Câmara Municipal de Maringá agraciou Silvino Dias com o título de cidadão benemérito. Ele faleceria em 29 de junho de 2006, com 95 anos, devido a uma pneumonia. Sua esposa, Helena Fregadolli Dias, havia partido dois anos antes.


No ano de 2009, uma rua passou a emprestar o nome do agricultor no Centro Cívico da cidade. Depois, em junho de 2010, Maringá ganhou a primeira escola de tempo integral, a qual também o homenageou, no Parque Residencial Cidade Nova, bairro que surgiu em parte de onde ficava a Fazenda Diamante. 

Fontes: acervo da família Dias / Acervo Maringá Histórica. 

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