Em uma Londrina ainda jovem, onde o mato dividia espaço com as promessas de futuro, o ano de 1937 marcou a fundação do primeiro hospital particular da cidade. O idealizador, Jonas de Faria Castro, inaugurava, além de uma casa de saúde, também uma alternativa ao atendimento exclusivo da Companhia de Terras Norte do Paraná.

O hospital foi erguido em um prédio vizinho às Casas Pernambucanas, na esquina das avenidas Paraná e Rio de Janeiro, coração urbano que pulsava ao ritmo de uma cidade em expansão. Com dois andares, contava com 16 leitos e salas de cirurgia e consulta. O andar térreo foi parcialmente ocupado por laboratórios de análises clínicas e de radiologia — avanços técnicos que davam à nova unidade um perfil moderno e atrativo.

Não tardou para que o hospital se tornasse o ponto de encontro da classe médica. Ali se realizaram as primeiras reuniões da Sociedade Médica, Odontológica e Farmacêutica de Londrina, em 1941, precursora da atual Associação Médica de Londrina. O espaço era, portanto, mais que um lugar de atendimento: era símbolo da organização do saber médico na cidade.

Aberto aos médicos recém-chegados, como Justiniano Clímaco da Silva, o hospital representava uma ruptura com a lógica fechada da Companhia. Atendia tanto os pacientes da colonizadora quanto todos os que buscavam cuidados. Com a chegada da Santa Casa e sua proposta mais ampla, o hospital acabou encerrando suas atividades, sendo incorporado simbolicamente ao novo ciclo da saúde pública na cidade.

Fontes: Unimed 50 Anos / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Foto: Wilson Grandi /Acervo Londrina Histórica.

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