1974
No ano de 1974, a rua Pará, 1.333, testemunhou a conclusão de uma das obras mais audaciosas da Construtora Brasília: o Edifício Queen Elizabeth, com seus imponentes 20 pavimentos e apartamentos de 348,3 metros quadrados. Mas o que deveria ser motivo de celebração tornou-se um pesadelo para Manoel Alho da Silva, fundador da construtora. Até a conclusão da obra, nenhum apartamento havia sido vendido.
A situação era delicada. O montante investido na construção do luxuoso edifício exigia retorno urgente, mas as estratégias convencionais de venda não surtiam efeito. Foi então que o responsável pelas vendas teve uma ideia inusitada: enviar uma carta à Rainha Elizabeth II da Inglaterra, solicitando autorização para batizar o empreendimento com seu nome.
Para surpresa geral, a resposta chegou do Palácio de Buckingham. A monarca britânica se sentia honrada pela homenagem e autorizava o uso de seu nome. Quando a notícia se tornou pública em Londrina, o efeito foi mágico: todos os apartamentos foram vendidos em pouquíssimos dias. O prestígio real havia transformado um problema comercial em um dos maiores sucessos imobiliários da cidade.
O Queen Elizabeth permanece até hoje como símbolo de uma época em que morar em apartamento era sinônimo de status e poder, especialmente na área central de Londrina.
Fontes: Dissertação de Viviane Rodrigues de Lima Passos. A verticalização de Londrina: 1970/2000 – a ação dos promotores imobiliários (UEL, 2007); entrevistas com Manoel Alho da Silva. / Imagem Google Earth / Acervo Londrina Histórica.
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