1980
Entre 1981 e 1990, Londrina viveu uma transformação urbana sem precedentes. Se na década anterior apenas 131 edifícios com quatro ou mais pavimentos haviam sido construídos, os anos 1980 testemunharam uma explosão: 939 novos prédios alteraram para sempre o perfil da cidade. Um crescimento de impressionantes 617% que fez de Londrina uma das cidades que mais se verticalizaram no Brasil.
Por trás dessa revolução urbana estavam os planos econômicos do governo federal. O Plano Bresser, o Plano Verão, o Cruzado e o Cruzado Novo criaram um cenário peculiar: com a inflação galopante, investir em imóveis tornou-se a estratégia mais segura para preservar patrimônio. Como explicava Paulo Alho, da Construtora Brasília, "a inflação alimentava o mercado à medida que provocava uma corrida aos bens materiais".
As construtoras Khouri, Plano's, Plaenge, Artenge, Dinardi e Mavillar emergiram como protagonistas desse processo, aproveitando a abundância de recursos e o giro acelerado de dinheiro. Era possível comprar materiais no dia 29 do mês e vendê-los no dia 30 por valores substancialmente superiores, proporcionando lucros extraordinários.
Londrina crescia para o alto enquanto o Brasil tentava domar a inflação. O resultado foi uma década que redefiniu a paisagem urbana e consolidou a cidade como metrópole regional.
Fontes: Dissertação de Viviane Rodrigues de Lima Passos. A verticalização de Londrina: 1970/2000 – a ação dos promotores imobiliários (UEL, 2007) / Prefeitura do Município de Londrina / Acervo Londrina Histórica.
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