O final dos anos 1970 marcou uma revolução na paisagem urbana de Londrina: a chegada dos primeiros edifícios com 20 ou mais pavimentos. Pioneiros como o Queen Elizabeth (1974) e o Embaixador (1979) romperam a barreira dos 16 andares e estabeleceram um novo padrão de verticalização que faria da cidade uma das mais "altas" do interior brasileiro.

Construir um edifício de 20 pavimentos nos anos 1970 era um desafio técnico e financeiro considerável. Exigia tecnologia construtiva avançada, elevadores de alta performance e, principalmente, coragem empresarial para investir numa cidade que ainda descobria as vantagens da vida vertical. A Construtora Brasília foi pioneira nessa empreitada, demonstrando que Londrina estava pronta para crescer para o alto.

O Edifício Embaixador, concluído em 1979 na Rua Belo Horizonte, 734, tornou-se referência arquitetônica com seus 20 pavimentos e 18 apartamentos de 245,15 metros quadrados cada. Era a combinação perfeita entre altura e luxo, oferecendo aos moradores uma experiência residencial única no interior do Paraná.

Esses edifícios de 20 pavimentos mudaram definitivamente o skyline londrinense e estabeleceram um novo padrão de aspiração urbana. Morar num apartamento no 15º ou 20º andar significava estar literalmente acima da cidade, desfrutando de vistas panorâmicas que antes só eram possíveis em grandes metrópoles.

Na foto, o edifício Embaixador, localizado na rua Belo Horizonte, 734. Possui 20 pavimentos com 18 apartamentos de 245 metros quadrados.

Fontes: Dissertação de Viviane Rodrigues de Lima Passos. A verticalização de Londrina: 1970/2000 – a ação dos promotores imobiliários (UEL, 2007); entrevistas com Manoel Alho da Silva. / Acervo Londrina Histórica.

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