Em dezembro de 1959, Londrina celebrava seus 25 anos com um convite que extrapolava palavras: uma flâmula vibrante, carregada de símbolos, estampava a vocação de uma cidade jovem, porém madura em ambições. "Visitem Londrina nas festividades do Jubileu de Prata", dizia o chamado em letras maiúsculas, enquanto os olhos eram capturados pelo imenso “L” estilizado, em verde e amarelo, cores da esperança e da prosperidade.

Ao centro, é mostrada uma cornucópia (antigo símbolo da fertilidade e abundância, e que, hoje, simboliza a agricultura e o comércio) jorrando grãos de café, como se a terra generosa estivesse a transbordar riqueza. O café era o eixo da economia, o aroma das manhãs e a razão de ser de tantas famílias que ali fincavam raízes. Era ele, o “ouro verde”, que pavimentava, literal e metaforicamente, o caminho do desenvolvimento londrinense.

Em segundo plano, edifícios modernos se erguem com imponência, simbolizando a verticalização que já transformava o skyline da cidade. É uma Londrina que sobe, que desafia os limites do sertão original com concreto e vidro. Entre as árvores e construções, nota-se o traçado urbano que se organizava em ritmo acelerado.

O chão marrom à frente das edificações, remete à icônica terra roxa, não mais a poeira ou o barro dos primeiros tempos, mas agora solo fértil que deu identidade e fama à cidade. A pavimentação já avançava, mas a cor permanecia como memória e símbolo.

A peça gráfica, produzida com apoio da revista Realizações Brasileiras, revela mais que um convite a festejar: é um manifesto visual de orgulho e pertencimento. Londrina, em 1959, exibia sua história recente com a altivez de quem sabia para onde queria ir.

Fontes: Revista Realizações Brasileiras / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.

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