Em meio a um Brasil que ainda sentia os ecos do fim da Segunda Guerra Mundial, um caminhão da Standard Oil Company of Brazil, nome que a poderosa Esso utilizava em solo brasileiro, rasgava as estradas de terra batida do Norte do Paraná, enfrentando o pó no tempo seco e o barro nas chuvas tropicais. A imagem de 1945, silenciosa e parada no tempo é um retrato de resiliência e de um país que estava mudando.

O caminhão-tanque era responsável por abastecer os postos de combustíveis em Londrina, então uma cidade que crescia aceleradamente sob os impulsos do café e da imigração. Àquela altura, Londrina já despontava como centro comercial e agrícola, e a gasolina era a seiva que fazia funcionar tratores, caminhões e geradores, impulsionando a mecanização no campo e a urbanização nas cidades.

A paisagem ao fundo insinua áreas de mata nativa e, talvez, cafezais ainda jovens, desenhando um território em transformação. E ali estava o caminhão da Esso, multinacional americana que, ao lado da Shell, consolidava o modelo de distribuição de derivados do petróleo pelo interior do Brasil.

O pós-guerra havia derrubado fronteiras, e o Paraná sentia os efeitos da retomada industrial global. Enquanto a Europa reconstruía pontes, Londrina pavimentava as suas, ainda não de asfalto, mas de sonhos e coragem. Caminhões como esse enfrentavam rotas precárias, longas distâncias e escassez logística para garantir que o desenvolvimento não parasse.

Fontes: Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.

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